Estratégia de Open Innovation muda a forma de fazer negócios e impulsiona inovação.
A história de como humanos e outros seres vivos transformam o ambiente e as suas necessidades sempre foi relacionada à concorrência, à competição. Essa é a base, por exemplo, da teoria evolucionista de Darwin na biologia, em que os mais fortes e aptos sobrevivem; de pensamentos na política e na economia, nos quais somente as nações e os negócios que derrotam seus competidores são bem-sucedidos.
Na era da colaboração, no entanto, uma nova narrativa passa a ser construída. Os novos capítulos são baseados na cooperação, nas ações coletivas e interdependência entre diferentes players.
A inovação não é mais encarada como posicionamento, mas sustentabilidade de qualquer negócio. Novas estratégias são desenvolvidas para alinhar a geração de valor no presente à construção do futuro.
Portanto, é preciso sempre inovar. Isso é claro para corporações, startups a scale-ups. Agora, o como e o para quê inovar passam a ser as perguntas norteadoras. Como resposta, a estratégia de Open Innovation surge e se configura como driving power da inovação.
Considerado o pai do termo “Open Innovation”, Henry Chesbrough propôs no seu livro Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology (2003), que esse seria um modelo de entrada e saída de conhecimento para acelerar inovação interna e externa.
Para Chesbrough, diretor e fundador do Centro de Inovação Corporativa da Universidade de Berkeley, “inovação aberta” pode ser entendida como a antítese da abordagem tradicional de integração vertical Close Innovation (inovação fechada), na qual as atividades internas de P&D conduzem produtos desenvolvidos na empresa e nela são distribuídos. Ou seja, nesse conceito a organização tem total controle sobre o processo de inovação.
Na definição do autor, Open Innovation fomenta inovação de duas formas: "de fora para dentro", ideias e tecnologias externas são trazidas para o próprio processo de inovação da empresa; e "de dentro para fora", ideias e tecnologias não utilizadas e subutilizadas na empresa podem sair para serem incorporadas aos processos de inovação de outros negócios.
A partir desse conceito, inovação aberta é baseada no fluxo fluído do conhecimento interno das organizações e no beneficio de soluções inovadoras externas. É a troca de conhecimento entre corporações, startups, hubs de inovação, universidades, instituições públicas e clientes.
A transferência de conhecimento é feita com a mediação de instrumentos legais para garantir a segurança da informação dos agentes envolvidos: como direitos de propriedade intelectual, licenças e acordos.
Assim, inovação aberta não significa: aberta para todos; gratuita; livre de direitos legais. Essas interpretações equivocadas dificultam a adoção da estratégia.
Há diferentes modelos Open Innovation que são implementados com a parceria de corporações, empreendedores, hubs de inovação, aceleradoras, universidades e centros de pesquisa.
Outside-in (de fora pra dentro): atração de conhecimento científico e do negócio externo para incrementar a performance de inovação dentro da empresa.
Inside-out (de dentro pra fora): busca de possibilidades de compartilhamento externo de conhecimentos desenvolvidos internamente (in-house) já disponíveis, como forma de gerar valor para a empresa, exemplo spin-off.
Coupled (integrado): Combinação dos dois outros modelos. De forma frequente, é realizado para desenvolver um novo conhecimento por meio de parcerias colaborativas.
A clareza do framework da estratégia de inovação em um novo negócio contribui para definir o “para quê inovar” e a mensuração, após a conclusão do projeto, de retornos de investimentos.
Em um mundo cada vez mais conectado, Open Innovation oferece às corporações redução dos custos em pesquisa, diferenciação no mercado e novas fontes de receita. É o novo caminho para atingir sucesso.
Por parte de startups e scale-ups, as ferramentas de inovação aberta representam a oportunidade de novos clientes e de investidores alinhados aos valores e aos objetivos de crescimento do negócio.
Feita uma criteriosa seleção, se os dois lados entendem haver sinergia e encontram a motivação para o trabalho juntos, é realizada a Prova de Conceito (Proof of Concept em inglês, ou simplesmente POC). A POC é a demonstração documentada da validação de uma ideia ou conceito na área de TI ou de negócios. É barata, rápida e nunca gratuita.
Com a realização da POC e obtenção de resultado positivo, chegou a hora de formalizar a parceria. Nesse momento, a integração entre as duas operações e o plano de escala da solução são realizados. Quanto mais a startup cresce e expande a capacidade de entrega, mais relevante passa a ser a parceria, em uma relação ganha-ganha.
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