Líderes de grandes empresas do setor de energia se reuniram para discutir os caminhos da inovação para um futuro com zero emissão de carbono.
Geração, transmissão, distribuição e comercialização. O caminho da energia é longo. Percorre etapas com desafios específicos para atender o objetivo maior: fornecimento seguro e eficiente da energia elétrica. Na manhã deste último sábado (14.11), líderes de grandes empresas, representando cada um das verticais do setor, reuniram-se para discutir possibilidades da inovação para energia limpa e renovável.
O painel Os 3Ds da questão: transição energética no Brasil contou com a participação de Carlos Guerra, diretor de Novos Negócios e Inovação da Votorantim Energia, Ítalo Freitas, presidente da AES Brasil, Rosario Zaccaria, diretor de Operações da Enel, e Rui Chammas, diretor presidente da ISA CTEEP.
O evento foi uma realização do Energy Future, em parceria com Zero Summit, conferência latino-americana focada na inovação para um futuro com zero carbono. Dividido em quatro blocos, o painel contou com a mediação de Apolo Lira, diretor executivo do Energy Future, e Alessandro Oliveira, diretor de mercado do Energy Future.
Durante cerca de 3 horas, os convidados refletiram sobre os desafios e oportunidades para a transição energética, com base nos vetores da descarbonização, descentralização e digitalização.
Relatando as experiências e os trabalhos realizados em cada uma das empresas, os painelistas ressaltaram a necessidade da colaboração e do diálogo para potencializar soluções inovadoras que sejam escaláveis a todo o setor de energia.
“O ecossistema vai nos permitir alavancar. O desafio é identificar onde e como cooperar. Há competição saudável, porque gera inovação, gera formas de trazer valor, fazer diferente. Mas há assuntos que precisam de colaboração, porque abarca a sociedade como um todo, e ao unir forças fazemos diferença”, afirmou Carlos Guerra, diretor de Novos Negócios e Inovação da Votorantim Energia.
O valor da colaboração também foi destacado pelo diretor presidente da ISA Cteep, Rui Chammas.
“Nós acreditamos muito em aliança. E eu acredito muito em colaboração e, em especial, com empresas como essas, que entendem que o desenvolvimento só merece ser chamado de desenvolvimento se for sustentável”, destacou Chammas.
Para Ítalo Freitas, presidente da AES Brasil, é possível conciliar a competitividade no setor com o trabalho cooperado das empresas.
“Essa corrente que está aqui, esse supply chain da energia tem que se juntar mesmo, e transformar isso em um bem comum. Obviamente, há um mercado competitivo. Todos nós aqui buscamos a rentabilidade. Mas não adianta ter lucro, causando problemas e sim resolvendo”, ressaltou Freitas.
O diretor de operações da Enel, Rosario Zaccaria, destacou a oportunidade de conexão com outros empresas para o aprimoramento do setor.
A oportunidade de conectar, de estarmos todos juntos, com um único objetivo, faz com que perguntas e sugestões sejam feitas para dizer: aqui se pode melhorar. Só através disso, com conhecimento e aprendizagem, as lições vão nos permitir melhorar juntos.
Da esquerda para direita: Apolo Lira e Alessandro Oliveira Energy Future; Rosario Zaccaria Enel; Carlos Guerra Votorantim Energia; Ítalo Freitas AES Brasil; e Rui Chammas ISA CTEEP.
Signatárias do Pacto Global, iniciativa da ONU para engajar empresas e organizações na adoção de dez princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, corrupção e meio ambiente, as quatro empresas ressaltaram o papel da inovação nas agendas de sustentabilidade.
“Na Enel, temos o neologismo que se chama innovabilty, que reflete todas as nossas ações de inovação com esse olhar de sustentabilidade, destacou Rosario Zaccaria, diretor de Operações da Enel.
Para Carlos Guerra, inovação é importante fator para lidar com as intermitências da geração das fontes renováveis.
“Temos uma energia 100% limpa e a inovação faz parte disso, porque precisamos lidar com o desafios da intermitência e investimos para diminuir esse desafio, explicou Guerra.
Ítalos Freitas, presidente da AES Brasil também ressaltou o foco da empresa na geração renovável.
“Nos últimos 5 anos, a empresa redirecionou seus investimentos exclusivamente para energias renováveis (…) Nosso propósito é entregar aos clientes soluções, em que eles se beneficiem da redução do carbono, mas também do impacto social positivo trazidos pelas energias renováveis, afirmou Ítalo Freitas.
Rui Chammas, diretor presidente da Isa Cteep, salientou inovação como o princípio para garantir uma descarbonização sustentável a longo prazo.
“O como vai se dar com o desenvolvimento de soluções inovadoras que nos tragam a confiabilidade do sistema, para resolver problemas de intermitência, e tragam a competitividade, para que o sistema seja cada vez mais eficiente, que a redução de CO2 seja feita de forma inteligente, e para que, finalmente, nos permita continuar crescendo”, pontuo Chammas.
Se você quer ficar por dentro de todos os temas e assuntos discutidos no painel de inovação do Energy Future no Zero Summit, clique aqui e reflita, com os líderes do setor, oportunidades para construção de um futuro sustentável para a energia.
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